Saímos só hoje do “Portugal”. Para o Tungue (Parlura) viemos em barcaças timonadas por pretos.
A meio do caminho encalhamos e estivemos à espera da maré das 7 e meia ás 3 da tarde. Foi um tempo de maçada. Porlura é um ponto de África com algumas choças. Quem olha em direcção ao mar goza de uma vista bonita, extremamente agradável. A margem é povoada de palmeiras e pelo mar dentro vimos entrar línguas de terra onde as palmeiras e mangas se mostram ufanas de vida. O mar alonga-se no infinito e ao largo eu diviso os rolos de fumo do meu navio.
O clima é alguma coisa quente e da sua salubridade ou insalubridade não posso ainda dizer.
Comemos ás 7 horas rancho geral, nunca comido, e como nós os oficiais.
Tempo de campanha.
Ai quem me dera na minha terra ouvindo a voz da minha irmã, a voz amada da minha família!
Minha terra!
Que saudade na minha alma, ó terra dos meus avós!
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